Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Quando refletimos sobre as infinitas características e possibilidades cerebrais, apercebemo-nos do quanto a aprendizagem se torna um método complexo e diferente de pessoa para pessoa.
Atualmente, uma nova disciplina chamada Neuroeducação, procura na neurociência apoio para fundamentar e adaptar novas formas de ensino/aprendizagem dentro e fora das salas de aula.
A neuroeducação tenta usar os novos conhecimentos sobre aprendizagem, memória, linguagem e outras áreas da neurociência cognitiva para produzir as melhores estratégias de ensino e aprendizagem. Cada vez mais, reconhecer o que é necessário para que os estudantes aprendem e memorizam as informações ensinadas é um grande desafio e motivação para os Educadores.
Para além disso, o cérebro não se desenvolve em cada ser humano, no mesmo momento de vida, logo, algumas crianças apresentam capacidades diferentes ao longo do seu percurso escolar, situação que toda a comunidade educativa também deve ter em linha de conta.
Assim sendo, todos nós apresentamos capacidades e competências diferentes, que devem ser desenvolvidas e estimuladas como sendo dons especiais, que nos tornam pessoas únicas e especiais.
A neurociência é algo que me desperta necessidade de continuar a aprender e a conhecer… pois, não nos podemos esquecer o quanto o cérebro é imprescindível no processo de aprendizagem.
O cérebro é capaz de processar as informações recebidas, analisá-las com base nas experiências de uma vida inteira e avalia-las, apresentando respostas em apenas alguns segundos.
Para o autor Buzan as principais funções do cérebro são:
Receção: O cérebro recebe a informação através dos sentidos.
Armazenamento: O cérebro armazena a informação de forma a conseguir ter-lhe acesso, mais tarde.
Análise: O cérebro reconhece padrões e organiza informações de modo a que façam sentido através de interligações.
Saída: O cérebro acede às informações e transmite-as de diferentes formas: pensamento, escrita, oral, desenho, movimento, etc.
Para auxiliar todas estas funções, as conexões criadas entre as várias partes do cérebro facilitam o processo.
A existência dos dois hemisférios e as suas interligações são também peça chave na compreensão de como a capacidade cerebral funciona.
O hemisfério esquerdo é caracterizado por ter áreas responsáveis pelo raciocínio lógico, como a fala, a matemática, etc. Alguns autores intitulam-no de “cérebro académico”.
O hemisfério direito possui áreas responsáveis pelo gosto e pela emoção, como por exemplo capacidade musical, arte, dança, criatividade, etc. Alguns autores intitulam-no de “cérebro artístico”.
Assim sendo, quanto maior forem as ligações entre os dois hemisférios, maior capacidade existe em raciocinar rapidamente e mais facilmente acontece a memorização.
Muitas vezes, os estudantes, já me perguntaram em que consiste a disciplina de Filosofia, que se leciona apenas no ensino secundário. Quando lhes explico que é uma disciplina que nos ajuda a pensar, a discutir e a ter uma opinião própria, eles demonstram grande fascínio, mas também algum receio da dificuldade que isto possa constituir…
Para os adultos, esta explicação básica e teórica que aqui deixo, pode transparecer grande facilidade, ou até mesmo menor necessidade da existência de tal disciplina. Contudo, a Filosofia é transversal a qualquer área do ensino secundário e legitimada como importante nestes jovens que, com idades, questionam frequentemente o mundo que os rodeia e as várias ideologias da sociedade.
Eu, gostaria de ser um pouco mais ‘radical’ na introdução de tal disciplina no ensino escolar… adaptado a cada idade, a Filosofia, deveria ser incluída e trabalhada já no 1º ciclo do Ensino Básico, isto porque Filosofia significa a Procura de um Saber, com base na criatividade, na crítica construtiva, na reflexão ponderada, no debate de ideias tolerante e igualitário.
Estes e outros conceitos que norteiam a Filosofia podem apoiar o crescimento de qualquer criança, em qualquer idade, fornecendo-lhes novas capacidades, competências e consciências fundamentais para a construção de um adulto feliz, consciente, inclusivo e ponderado.
Assim, ensinar Filosofia, em qualquer idade é:
Capacitar a expressão de sentimentos, pensamentos, opiniões, atitudes e valores;
Sensibilizar para aceitar a diferença e a semelhança;
Despertar um espírito crítico consciente;
Desenvolver a capacidade de enfrentar e defender as suas opiniões em público;
Libertar a mente de limites e preconceitos;
Aumentar a capacidade argumentativa;
Ensinar novos conceitos como: liberdade, paciência, ideias e ideais;
Tudo isto é Educação… tão grande como a matemática, tão importante como a Língua Portuguesa, tão primordial como saber Inglês… tão fundamental como saber o Lugar de Cada Coisa… e que Coisa nos pertence?!...
Este meu cantinho continua com leitores/as assíduos e visitantes mais recentes… por esta razão já conta com mais de 50 000 visualizações! Para mim este número assinalado é motivo de alegria, alento e determinação para continuar a escrever-vos!
Agradeço de forma muito sincera, cada uma das visitas, das leituras, dos comentários e dos favoritos assinalados!
Que esta escrita continue a fazer sentido para vocês!
A maioria das pessoas reconhece esta comissão (CPCJ) e compreende as suas funções, pelo menos em teoria percebe a sua importância. Eu, enquanto estagiária da licenciatura, acompanhei uma destas Comissões Portuguesas e valorizo a sua intervenção junto de crianças e jovens.
Por estas e outras razões, hoje decidi lembrar a importância destas Comissões e explicar, de forma muito breve e simples, quais os objetivos e funções desta entidade. Isto porque, nunca é demais perceber que existe uma entidade específica que tem como missão proteger crianças e jovens. Assim sendo:
O que é a CPCJ?
A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em risco existe desde há muitos anos que está legalmente definida no nosso país, contudo, a partir de janeiro de 2001 surge um novo modelo que torna a comunidade parceira do Estado através das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) são, portanto, instituições oficiais não judiciárias com autonomia funcional que visam promover os direitos da criança e do jovem e prevenir ou colocar termo a situações suscetíveis de afetar a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento integral destas crianças/jovens.
Como intervém?
A CPCJ intervém sempre com o objetivo de assegurar o interesse superior da criança/jovem, de forma a que lhes sejam garantidos os seus direitos fundamentais. Esta intervenção tem por base a privacidade e o respeito por cada uma destas crianças ou jovens.
Quem a constitui?
Sempre que o número de habitantes se justifique, no Município podem ser criadas mais do que uma Comissão, podendo ser uma restrita e uma alargada. Nestas Comissões integram-se pessoas das mais variadas áreas de conhecimento e de intervenção, que agem concertadamente, de acordo com os casos concretos.
Que medidas pode tomar?
Após uma análise e avaliação de cada caso concreto, a CPCJ poderá tomar algumas medidas de promoção e proteção que, embora centradas na criança/jovem, abrangem outras pessoas ou entidades. As medidas poderão passar por:
Apoio junto dos pais;
Apoio junto de outro familiar;
Confiança a pessoa idónea;
Apoio para a autonomia de vida;
Acolhimento familiar;
Acolhimento em instituição;
Como se pode contactar?
Sempre que um cidadão reconhece que uma criança ou jovem se encontra em situação de risco pode comunicá-lo à CPCJ do Município desta criança/jovem. Para adquirir esses contactos basta recorrer ao seguinte site: http://www.cnpcjr.pt/, selecionar o distrito e o concelho que pretende e surgirá essa informação.
O que é uma criança/jovem em risco?
Sempre que uma criança ou jovem viva numa situação que represente um perigo para a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento, apresenta uma situação de risco que deve ser analisada e avaliada pelas autoridades competentes. Designadamente nas seguintes situações: