Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Estudante: _Já estudei muito hoje… já escrevi os números até 100 em inglês!
Eu: _Era trabalho de casa?
Estudante: Sim, a professora mandou, que era para nós decorarmos…»
Quantas vezes educadores e pais ouvem tais afirmações: ‘tenho de escrever vinte vezes’, ‘tenho de fazer as tabuadas três vezes’, … eu seja, copiar e repetir várias vezes, sempre com o mesmo objetivo: decorar… não nego que, é necessário saber escrever sem erros, saber as tabuadas… e assumo que a repetição é, sem dúvida uma forma bastante eficaz de memorizar/decorar… mas confesso que, sempre que ouço um estudante dizer-me que tem para fazer tal tarefa me ‘aperta o coração’ saber o tédio que terá de enfrentar na execução de tal trabalho…. por isso, admito a existência de alguma aversão ao estudo e aos TPC’s por parte destas crianças e jovens!
Não posso, de todo, acabar com tais trabalhos escolares contudo, posso propor algumas formas mais interessantes de memorizar as matérias aprendidas na escola… ficam aqui algumas dicas:
Recorra à audição: que para além da visão auxilia na memorização, existem vários vídeos na internet direcionados a crianças, que com músicas e imagens apresentam a matéria a estudar.
Recorra às pausas: a matéria é mais fácil de interiorizar aos poucos, portanto em vez de decorar algo em apenas um dia, prolongue o estudo para uns minutos em cada dia, relembrando sempre a mesma matéria.
Recorra a associações: podem fazer-se associações divertidas, como um til se chamar língua de cão, ou como escrever avô implica sempre colocar-lhe um ^(chapéu) e à avó um ´(lenço). Ou associações a situações práticas, como por exemplo, a palavra centrifugação aprendida em Ciências/Físico-química significa o mesmo efeito que a máquina de lavar roupa lá de casa.
Fuja das confusões: Quando se está em processo de memorização e, o processo que estava a tornar-se mais rápido e claro de repente torna-se demasiado confuso e difícil está no momento de parar... por alguns minutos ou um dia…
Faça desenhos, escreva em cartolinas: para afixar em lugar de estudo é também um método eficaz de relembrar matérias. Quantos de nós temos vários post-its à volta no PC, em casa ou no trabalho???
Conte-nos se conhece mais alguma forma de memorização eficaz, seja consigo ou com outros estudantes, poderá ajudar quem nos visita! Obrigada.
Eu: _ Então gostas muito da escola, é que assim andas lá mais tempo!
Estudante: _Num gosto de estudar… num sei nada… num percebo nada… num tenho paciência...»
Foi uma das minhas conversas… das tantas deste género que já tive… que vários pais já tiveram… que vários professores já tiveram, certamente!
Estes estudantes apresentam sempre caraterísticas semelhantes: um desinteresse enorme pelas disciplinas no geral, não reconhecem as dificuldades em determinadas matérias, apenas a preguiça e o desinteresse geral, têm toda uma comunidade educativa (pais/professores/etc) que não conseguem renovar a motivação e o interesse perdido, pela escola e pela construção de um futuro pessoal e profissional.
Estes estudantes precisam, primordialmente, que não se desista nem estereotipe ainda mais estes casos. O estimulo de reflexão sobre projetos futuros e os desejos profissionais devem ser uma constante e delicada conversa. O controlo de rotinas e tempos livres deve ser assegurado e o tempo de estudo fora das aulas deve ser efetivo.
E, se em casa quiser ter a certeza de que o aluno estuda, partilhe o espaço (sala/escritório) de estudo com ele, retire-lhe todas as distrações (telemóvel, PC, TV) defina os trabalhos/estudo a realizar, sente-se a seu lado a ler um livro ou uma revista enquanto ele estuda e, no final do tempo de estudo, reveja e corrija o trabalho realizado.
Nestes casos específicos a ajuda de todos os profissionais é bem vinda, se considerar necessário pode recorrer ao apoio de professores, de psicólogos, de explicadores, de acordo com cada especificidade apresentada.
Estudante: Estou com muito sono… Quando passo muito tempo numa sala sem janelas e só com uma lâmpada, fico com sono, mesmo com muito sono!!!»
Num primeiro pensamento, podemos achar esta conversa sem interesse, ou motivo mas, certo é que, conversas como estas fizeram-me escrever sobre o espaço onde se estuda e que, muitas vezes não parece relevante aos olhos de educadores. No entanto, proporcionar um lugar adequado ao estudo diário em casa é muito importante para o conforto e concentração enquanto se estuda. Deixo algumas orientações que podem estar esquecidas:
O quarto ou sala deve ter uma mesa/secretária com espaço suficiente para vários livros e cadernos.
A cadeira deve ser confortável e de preferência sem rodas, para evitar más posturas e distrações;
Não devem estar ligados aparelhos de comunicação/informação como TV, telemóvel, etc., com eles nenhuma concentração é possível;
O espaço deve estar bem iluminado com luz natural ou artificial, para evitar cansaço na visão;
Evitar lugares com ruído ou partilhado por outras pessoas que não estejam em silêncio;
O conforto deve também assumir-se nas temperaturas, nada de muito calor ou muito frio;
Atenção à presença dos animais domésticos, se estes forem muito ativos;
O espaço deve ser sempre o mesmo ao longo de todo o ano letivo;
Quando o estudante quiser sair um pouco do mesmo espaço de estudo, isso também pode promover alento e entusiasmo, quando assim for, procure uma biblioteca, um jardim, ou uma esplanada de um café tranquilo para realizar mais umas horas de estudo longe de rotinas, mas continuando num ambiente confortável e agradável.
Na escola podemos cruzar-nos com estudantes que se preocupam apenas em obter resultados positivos, de forma a conseguirem passar de ano letivo… muitos sentem-se pouco capazes de serem alunos de avaliações muito altas, outros assumem não se querem dedicar ao estudo, nem por gosto nem por vontade. Contudo esta perspetiva pode e deve mudar, basta que cada estudante desenvolva a consciência da importância do conhecimento para o seu próprio futuro e seja estimulado para o desejo de saber mais e de descobrir.
Sem dúvida que as notas escolares são resultado, principalmente, das vontades, desejos e ambições da cada um, só depois surgem as capacidades mais ou menos inatas de cada criança/jovem, sendo que essas também podem ser desenvolvidas e aprimoradas.
A todos os estudantes que desejam obter resultados muito bons nas suas avaliações académicas, aqui ficam umas dicas:
Liga-te: procura manter-te atento nas aulas o tempo todo, realizando os apontamentos e as anotações da matéria que consideres necessária;
Procura ajuda: estuda sozinho e estuda acompanhado, ou seja, faz um estudo diário próprio, com leituras, resumos, exercícios e, pelo menos, uma vez por semana procura alguém que te possa apoiar nas dúvidas surgidas e noutras propostas de trabalho;
Começa cedo: para cada teste ou ficha de avaliação começa um estudo específico uma semana antes;
Conhece-te melhor: procura o melhor lugar e as horas em que mais te concentras no estudo;
Organiza-te: um caderno de apontamentos, uma agenda, uma tabela, tudo ajuda para que nem uma data passe despercebida, para que nem um TPC seja esquecido;
Participa: seja nas aulas, seja nos clubes escolares, seja em desporto, participa com empenho e dedicação;
Não esperes: não é no terceiro período que vais tentar recuperar vários meses de preguiça, o primeiro dia de aulas é, já, o primeiro grande desafio.
Não desligues: durante as férias aproveita para recuperar matérias pouco entendidas e estuda, pelo menos, uma hora por dia, para te tornares ainda melhor.
Estudante: _Mais ou menos, esqueci-me de metade das coisas, … a professora fez perguntas para ajudar…»
Este tema foi proposto por uma leitora deste Blogue, o que agradeço, pela pertinência do tema:
Todos os estudantes são convidados a participarem em algumas aulas de forma mais ativa, apresentando um livro, ou um tema de forma oral, individualmente ou em pequeno grupo.
Se para alguns estudantes isto não é motivo de preocupação, para outros, falar em público torna-se um tormento e um embaraço. Contudo, para todos eles há que lembrar que, quanto melhor estiver preparada a apresentação, melhor decorrerá o momento. Para além disso, estes momentos são sempre imperativos de avaliação, logo podem subir notas com um bom desempenho.
De forma prática, estas apresentações orais permitem que o aluno desenvolva mais conhecimentos sobre a língua, novas técnicas de expressão oral e que melhore a sua capacidade de pesquisa e de síntese de informação. Para além disso, as crianças e jovens aprendem a expor as suas opiniões, a respeitar a visão do colega e comunicar sobre variados temas e de variadas formas.
Com o objetivo de facilitar estes trabalhos oriais e acalmar os corações dos mais tímidos deixo, em anexo uma Grelha de Avaliações Orais que definem, de forma geral, quais os critérios de avaliação destes trabalhos. Para treinarem, podem filmar e depois auto-avaliarem-se.