Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Nos jornais e revistas falam-se das melhores escolas do país com vista nos rankings, onde quanto mais elevadas são as notas de exames nacionais, melhores as escolas… de facto, ter ótimas notas escolares proporcionam o abrir de algumas portas profissionais aos estudantes, principalmente no acesso ao ensino superior, contudo não sei se será este presságio de um bom profissional, ou de uma pessoa feliz…
Vários são os críticos sobre a estrutura do ensino escolar atual, referindo que este, pouco prepara o indivíduo para o verdadeiro mercado de trabalho, afirmando-se que a teoria está demasiado distante da prática e que, no contexto de ensino formal existe pouca oportunidade para uma aprendizagem mais prática e próxima dos reais contextos de trabalho.
Muito teria eu para debater sobre este tema e muito poderão pensar e partilhar os leitores sobre esta dicotomia: Escola/Profissão…
Como pedra basilar, gostaria apenas de salientar que a exigência que o mundo profissional atual coloca às escolas está diferente, simplesmente porque o próprio Mundo está diferente… as profissões são diferentes, as exigências são novas… mas a escola permanece igual, há décadas… hoje é necessário ensinar novas capacidades como a criatividade, a imaginação, a adaptação, espírito crítico… que em muito transcendem os contínuos bancos de escola, a memorização e as tradicionais teorias!
Hoje publico mais um desafio, já fui nomeada a algum tempo, mas este tema continua bastante contemporâneo: a literatura. O desafio vem por parte do Blogue O Melhor Blog do Mundo, a quem agradeço a nomeação. O desafio é responder a questões sobre as minhas leituras... espero que gostem, pois de certa forma, acho que através deste meu prazer pela leitura, apresento muito do que sou!
★ Estou a ler: “Terra Amarga” de Joyce Carol Oates…
★ O meu livro favorito quando era pequena: em pequena eram vários os meus livros favoritos, comecei pelas leituras de BD do Tio Patinhas de seguida passei pela coleção “UmaAventura…” e segui caminho pela saga Harry Potter.
★ Estou ansiosa por ler: “Dentro do Segredo, Uma Viagem na Coreia do Norte” do escritor José Luís Peixoto… despertada pela curiosidade de conhecer uma cultura tão diferente e de refletir sobre os direitos da humanidade, num mundo atual.
★ Um livro que mudou a minha vida: “O Estranho Caso do Cão Morto” de Mark Haddon conta a história de uma criança com autismo e apresenta o mundo visto pelos olhos de alguém diferente, o que faz toda a diferença…
★ O meu livro favorito para dar como presente: de entre vários sublinho “O Alquimista” de Paulo Coelho que nos relembra que ‘se queres muito uma coisa, o universo conspira para que a tenhas’… este livro lembra a importância de seguir os nossos sonhos!
★ O que está na minha mesa: de cabeceira? Três livros e o despertador…
★ Organizo a minha estante de acordo com: por livros técnicos e/ou por autor.
★ A minha livraria preferida: aquela que tenha um pequeno sofá, para eu me sentar por longos minutos a ler livros novos….
★ Adoro ler porque: Porque aprendi tanto… aprendo tanto! Porque me é permitido sair da minha realidade e entrar em mundos desconhecidos que me fascinam, que me inquietam e fazem refletir.
★ Um livro do qual nunca me vou separar: Posso separar-me dos livros, mas as histórias essas, das boas memória já não se separam… Contudo, os livros “O Principezinho” de Saint Exupéry e “O Regresso do Jovem Príncipe” de Roemmers são inseparáveis nos seus ensinamentos: ‘Se algum dia formos julgados a pergunta será o quanto amaste?…’ (Regresso do Jovem Príncipe).
★Se pudesses entrar num livro, que livro escolherias? Serias a personagem principal?
Escolheria o livro “Ensaio sobre a Lucidez” de Saramago, sendo apenas uma personagem secundária, mas que me fosse permitido vivenciar uma consciência política superior, em toda a sociedade!
Agradeço a leitura do Post e os comentários… às escolhas… aos livros…
P.S.: Como estamos próximos do Natal, se quiserem presentear mentes despertas, ofereçam livros!
«Exames no final do 4.º ano já não vão realizar-se em 2016. Projecto de lei do Bloco de Esquerda deu entrada no Parlamento nesta quinta-feira e conta com o apoio da maioria parlamentar. Há aplausos de professores e pais, mas também críticas…» (In: jornal O Público, 20 novembro 2015).
Esta é uma notícia que muito faz refletir a comunidade educativa, embora estes Exames de 4º ano sejam um projeto com poucos anos, sempre esteve envolto em grande controversa. Não quero com isto despoletar velhas críticas nem me posicionar partidariamente. Quero apenas partilhar a minha reflexão sobre este assunto, de uma forma geral e breve, com os meus leitores.
Na minha opinião, os estudantes de 1º ciclo devem construir bases sólidas de saberes escolares, de forma a facilitarem novas aprendizagens na mudança para o 2º ciclo e assim sucessivamente, contudo, não me parece que um único exame final possa se assumir como definição do aproveitamento de todo esse percurso de quatro anos.
No convívio com as crianças desta idade apercebi-me do nervosismo que era o dia desse exame, principalmente, porque tinham de ir realiza-lo a outra escola, para eles, desconhecida… enfrentando a situação como se os quatro anos escolares estivessem em causa num único Exame… crianças que não dormiram, que ficaram indispostas, que choraram antes, durante e depois, pela ansiedade de dois Exames: Português e Matemática… nunca consegui ficar indiferente a esta situação específica, assumo!
Portanto, para mim, a exigência deve estar presente ao longo dos quatro anos de estudo, criando-se conhecimentos sólidos, desenvolvendo-se a curiosidade pelo saber, a opinião crítica, a imaginação e o desenvolvimento emocional, em paralelo com as disciplinas de Português, Estudo do Meio e Matemática.
Gostaria de ler também as vossas opiniões, numa partilha construtiva… Obrigada!
Como já referi anteriormente, as situações de stress e ansiedade numa criança que se está a integrar num novo ambiente escolar pode despertar medos e fobias de difícil gestão para ela e para a família… deixo algumas orientações que poderão apoiar os encarregados de educação nestes momentos de ansiedade mútua:
Em primeiro lugar deve continuar a gerar incentivos positivos e assertivos, não permitindo que a criança falte às aulas, nem alterar as rotinas familiares devido a esta situação. Para além disso deve:
respeitar os sentimentos da criança;
demonstrar segurança;
conversar com a criança sempre que seja necessário, mostrando tranquilidade;
preparar a criança e as coisas com tempo para não iniciar a manhã de ida para a escola em correrias;
deixa-la levar um objeto especial que lhe proporcione familiaridade e segurança;
aguardar um pouco até a criança se sentir segura quando chega à escola;
aproxima-la da presença de outros colegas de quem ela gosta;
não se atrasar nas horas de a ir buscar;
conversar sobre as conquistas e dificuldades após o dia de escola, com incentivos positivos.
Por fim, se sentir necessidade deve contatar um psicólogo ou pedopsiquiatra para que avalie e oriente na resolução desta fobia. Refiro também que, alguns destes profissionais alertam para o facto de que muitas crianças apresentam-se em consulta já numa situação bastante agravada que deu origem a outros medos de necessário tratamento.
Estudante: _ Pois é...mas não é culpa nossa, pois não?»
Neste últimos dias, em todos os meios de comunicação, se reflete sobre o Terrorismo e o atual atentado em Paris e, se todo o mundo fala e pensa sobre estas questões é bastante natural que as crianças e jovens procurem também entender o que se está a viver neste momento.
É esta a razão que me faz escrever, hoje, sobre tal atrocidade cometida… isto porque, principalmente, as crianças mais pequenas têm grande dificuldade em perceber o que se está a passar, contudo não conseguem nem devem ficar alheios à realidade, pois mentir ou ocultar o que acontece na sociedade contemporânea não é melhor caminho para Educar consciências críticas e tolerantes.
Assim, venho pedir aos encarregados de educação que, com muita calma e paciência procurem explicar e conversar com as suas crianças sobre este assunto, tentando adaptar o discurso e as informações a cada idade e a cada etapa do desenvolvimento, de forma a que as questões sejam esclarecidas e que se tome consciência de que estas atitudes são desumanas e estão de todo erradas… é urgente educar para o respeito e para a igualdade!
Este foi apenas um pequenino alerta que decidi deixar… no próximo Post voltarei ao tema anterior: Fobia escolar… Até breve!