Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Estudante: _Sim, mas algumas tenho dificuldades… mas com as explicações é mais fácil… tive uma explicação de Economia de 1hora e fiquei a perceber mais do que sei lá quantas horas de aulas…
Eu: _ Explicaram-te de outra maneira?!
Estudante: Sim e é diferente, estou sozinho na explicação, mais atento e tudo…»
Se optou pela inclusão de explicações na rotina do seu filho, (estudo acompanhado) lembre-se do seguinte:
uma ou duas explicações antes da ficha de avaliação, provavelmente, não trará resultados positivos significativos, a menos que, existam apenas pequenas dúvidas pontuais sobre uma matéria;
se pretende apenas explicações a uma única disciplina, o caminho será uma explicação de 1 hora por semana, a menos que existam lacunas de aprendizagem da disciplina em anos anteriores que necessitem de serem renovadas;
se o objetivo é estudar para mais do que uma disciplina: retirar dúvidas, esclarecer a matéria e preparar para as avaliações, aconselho uma média de 2 horas semanais;
se o objetivo é receber acompanhamento na realização dos trabalhos de casa e acompanhamento em todo o estudo, então deverá optar por 1 hora diária.
Não se esqueça que o apoio individual é sempre mais produtivo do que em grupo.
Finalmente gostaria de referir que o tempo de estudo acompanhado é diferente de estudo autónomo e o primeiro não deve fazer esquecer o segundo. Para além disso relembro que a vida do estudante deve ser bem mais do que matéria escolar, e aprender é viver em vários contextos, em várias situações.. e até mesmo brincar!
Muitos encarregados de educação questionam-se sobre a hipótese de incluírem ou não o seu estudante em explicações particulares. Ficam com a dúvida se estas trarão os resultados esperados, ou se será mesmo necessário, pois o estudante pode até conseguir sozinho os resultados que pretende. Não sou nada imparcial relativamente a este assunto, obviamente… mas, procurando assumir alguma parcialidade na opinião particular, gostaria de acrescentar o seguinte:
Nem sempre os estudantes chegam, sozinho, aos resultados pretendidos por duas razões, a primeira porque não querem, já que não se aplicam nem se esforçam, a segunda razão, porque existem dificuldades de compreensão da(s) matéria(s) e portanto não conseguem estruturar um método de estudo adequado.
Assim sendo, se a justificação é a primeira, então prevejo que os resultados escolares em nada se vão alterar pelas explicações recebidas… se o interesse não existe e se não existe nenhum estudo complementar autónomo, poderá nada mudar.
Contudo, se o estudante tem como objetivo melhorar os seus resultados escolares, mas percebe que sozinho não está a conseguir, então, a recurso a explicações é, sem dúvida, o caminho mais certo para se obterem melhores resultados.
Estudante: _ Acho que sim, pelo menos parecia… e fez perguntas e tudo… os meus colegas cá fora também disseram que estava bom e que foi interessante!»
É do conhecimento geral que os estudantes são avaliados, não só pelos testes, como pelo comportamento e pela participação. Contudo, poucos sãos os estudantes que se sentem à vontade para participarem durante a aula, muitos ficam tímidos quando os professores fazem perguntas ou quando lhes é solicitado para ir ao quadro… esta timidez pode até leva-los a errar algo que sabem, por falta de confiança.
Por esta razão é necessário lembrar os estudantes de que, participar ao longo da aula e sobre a matéria que estão a estudar demonstra um interesse presente e uma vontade de aprender que é valorizada pelo professor.
Muitas vezes os estudantes constroem dúvidas sobre uma ou mais matéria que não colocam ao professor por vergonha ou insegurança, portanto é necessário lembra-los que não precisam de perceber tudo na aula e que ter dúvidas e coloca-las faz parte do processo de aprender e nunca fará com que se receba uma avaliação negativa… tirar dúvidas é sinónimo de vontade de saber!
Por fim, aconselho também, aos estudantes mais tímidos, que não se sentem à vontade de colocar dúvidas em frente aos colegas, devem esperar pelo final da aula e pedir ao professor para fazer uma(s) pergunta(s) e assim esclarecer a matéria, certamente que, nenhum professor recusará estar mais uns minutos na sala para esclarecer a questão!
Tantas e tantas vezes ouvi esta afirmação por parte de quem frequenta a escola, às quais se associaram outras: ‘Para que é preciso saber isto?’, ‘Por mim não havia escola!’, ‘Ter aulas é uma seca!’ ou ‘Hoje foi o melhor dia da escola porque houve greve…’ e, se tentarmos conversar seriamente sobre este assunto com estes ‘refilões’ eles apresentam dezenas de observações contra e não assumem nenhum a favor, para além das amizades que constroem na escola.
Portanto é realmente importante ir incutindo, desde bem pequenino que, a escola é um direito de cada criança e que, infelizmente, não está assegurado a todas elas, provocando graves problemas culturais, sociais e de dignidade humana.
Muitas vezes as crianças nem se apercebem que, em partes do mundo onde o acesso à escola é tão dificultado, essas crianças não têm, de todo, uma vida mais feliz do que elas, antes pelo contrário: ser uma criança feliz é ter oportunidade de aprender, de saber, de estudar e de brincar… vale a pena relembrar estas realidades a quem, felizmente, não as vive!