Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Na atual legislação o ensino público deve procurar responder às Necessidades Educativas Especiais com variadas medidas, entre elas «o desenvolvimento de respostas diferenciadas, levando à criação de escolas de referência nas áreas da cegueira e baixa visão e da surdez, bem como a criação de unidades de apoio especializado para a educação de alunos com perturbações do espectro do autismo ou alunos com multideficiência.» (Educação Especial: Manual de Apoio à Prática: 2008). Este percurso traz às escolas a necessidade de se munirem de recursos humanos e equipamentos imprescindíveis à efetivação de tais objetivos, assim como, a articulação com outras entidades de referência: IPSS, serviços de saúde e as equipas técnicas financiadas pela segurança social.
Ainda assim, nesta problemática, a maior dificuldade encontrada pelas escolas será, provavelmente, a referenciação e a avaliação dos estudantes, algo que deve ser constantemente refletido e debatido entre toda a comunidade educativa.
A escola de hoje deve procurar oferecer um ensino de acesso e sucesso, igualitário, sem qualquer forma de descriminação. Para que tal aconteça, toda a comunidade educativa deve estar sensibilizada para as especificidades de cada estudante e para uma realidade onde a o direito à diferença existe, onde existem dificuldades de aprendizagem, onde existem necessidades especiais.
Assim cada vez mais, a escola deve apresentar-se sensibilizada para tais questões, para responder ao direito fundamental da vida humana: a Educação, como conceito basilar de uma igualdade de oportunidades.
Através da Legislação Portuguesa, Decreto-Lei 3/2008 de 7 de janeiro, é-nos apresentado o conceito de Necessidades Educativas Especiais; «alunos cujas dificuldades educativas derivam da descoincidência entre o capital social e cultural da família de origem e aquele que é requerido pela escola, por um lado, e as crianças cujas dificuldades resultam de alterações em estruturas e funções do corpo com carácter permanente, que geram desvantagens face ao contexto e ao que este oferece e exige a cada um, por outro lado.» (Educação Especial: Manual de Apoio à Prática: 2008)
As escolas apresentam assim profissionais destacados para o diagnóstico e encaminhamento destas necessidades, concretizando-se uma descriminação positiva face a estas características.
Para alguns autores, a «…calculadora é um instrumento valioso na realização, de atividades de generalização, porque permite obter muito rapidamente uma grande quantidade de cálculos…» (Ana Vieira Lopes, et. Al. ATIVIDADES MATEMÁTICAS NA SALA DE AULA: 1996).
Contudo, o estudante deve ter em atenção que, ao longo dos anos letivos, existirão determinadas matérias onde a calculadora não deverá ser utilizada, para que melhor se aprenda o processo de construção e reflexão do cálculo. Assim, de acordo com as matérias a estudar, e portanto, sempre sob a orientação do professor/educador a utilização desta ferramenta deve ser incluída no estudo diário.
Ainda sobre este assunto é de relembrar que existem vários modelos de calculadoras que se adaptam às necessidades dos estudantes portanto, a partir do 9ºano de escolaridade, torna-se necessário o uso de uma calculadora científica, e no secundário, para quem opta pela área das Ciências e Tecnologia poderá necessitar de uma máquina gráfica. Portanto, cabe ao estudante realizar uma aprendizagem das capacidades de cada máquina, que lhe permita realizar um uso adequado desta.
Primeiro é necessário desconstruir a ideia de que a matemática é impossível de entendimento, de seguida ajudará seguir as seguintes propostas:
A atenção aos exercícios explicados em aula é imprescindível, e solicitar nova explicação quando não se entendeu a matéria;
Não deixar acumular dúvidas, é neste momento que se perde o ‘fio-condutor’;
Em casa realizar exercícios suplementares parecidos com os dados em aula;
Rever e interiorizar as fórmulas matemáticas aprendidas;
Atenção aos símbolos e sinais, erradamente colocados levam ao erro fácil;
Nos problemas encontrar os subproblemas que exigirão mais cálculos;
Realizar esquemas, tabelas, ou gráficos de apoio na organização de ideias. Se possível utilizar material manipulável como objetos geométricos, etc.
Treinar através de jogos didáticos facilita a aprendizagem da matemática de uma forma mais divertida, como por exemplo: dominó, cartas, tangram, jogo da ‘batalha naval’, etc…
Procura compreender o enunciado: «…muitas vezes as dificuldades em resolver problemas advém da incompreensão do texto, é necessário trabalhar o texto cuidadosamente até à sua total compreensão..» (Ana Vieira Lopes, et. Al. ATIVIDADES MATEMÁTICAS NA SALA DE AULA: 1996)
Ao longo dos anos letivos a matemática começa a desenvolver-se como um problema: de compreensão, de concretização, de aprofundamento, de interação. Isso proporciona no estudante receios, afastamento e desinteresse, ou seja, o caminho perfeito para os maus resultados na disciplina.
Contrariar esta situação torna-se mais fácil quanto mais rápido se trabalhar no sentido contrário a este caminho, pois, a matemática segue um fio condutor de raciocínios interligados que, perdendo parte deste processo torna-se difícil seguir o caminho.
Contudo, o importante é não esquecer que se pode sempre voltar atrás, ‘onde nos perdemos’ e reencontrar a lógica perdida...requer apenas um pouco mais de dedicação por parte do estudante e o apoio individualizado do educador.