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Educar (Com)Vida

Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.

Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.

Porque surge a Disgrafia?

 Na maioria das vezes, os educadores procuram as causas para as várias situações pedagógicas… para a Disgrafia não é exceção, pois torna-se mais fácil descobrir o tratamento após o encontro da causa. Neste caso não são assumidos pelos investigadores apenas uma causa, mas várias, seja por alguma carência de motricidade ou de equilíbrio que torna a criança com dificuldade de ajuste espacial. Seja por problemas emocionais ou da própria personalidade, por fim, seja pelas metodologias de ensino não serem as mais adequadas a este processo pedagógico de aprendizagem da escrita. Tal como escrevi no Post anterior, o profissional que acompanha o estudante fará o melhor diagnóstico e o melhor acompanhamento.

Com tudo isto note-se que, um estudante Disgráfico não é naturalmente detentor de menor inteligência, nem essa é causa para fundamentar tal distúrbio, assim sendo, todos os estudantes, independentemente das suas necessidades, competências e capacidades deve ser entendido como único e potenciador do seu próprio sucesso escolar. 

disgrafia-e-disortografia-6-638.jpg

 

O sucesso escolar…como?

Ao ouvir o Doutor Psicólogo Eduardo Sá em entrevista a 18/12/2014 (link em baixo) sobre o rendimento escolar, referindo que uma das respostas para o sucesso escolar é o prolongar do tempo de intervalo na escola… faz-me relembrar os receios, de pais e educadores, sobre esta difícil complementaridade entre o tempo de estudo e o tempo de brincar, numa ânsia por melhores resultados escolares que, muitas vezes, travam brincadeiras e sorrisos.

Concordo em pleno que, ambos os momentos são essenciais para o crescimento integral como ser humano feliz e consciente e, neste sentido, assumo que, se formos inteligentes na construção de rotinas e tempos, haverá com certeza tempo para tudo.

Através da minha experiência refiro que, nenhum estudante precisa de estar horas seguidas em estudo pois, mesmo que altere a matéria ou disciplina a estudar, não é produtivo nem prazeroso. Portanto, se optarmos por, depois do tempo de aulas apoiar o estudante em um ou duas horas de estudo por dia, será o suficiente para que este compreenda a matéria, tire as suas dúvidas e pratique alguns exercícios similares, melhorando os seus resultados escolares num esforço controlado. Assim, desta forma, certamente que haverá mais tempo para brincar e interagir nesta escola da vida.

Assumo, também, que existem casos específicos e que devem ser construídos planos de estudo adaptados a esses estudantes, de acordo com as necessidades de cada estudante e as metas escolares a cumprir. 

 

https://www.youtube.com/watch?t=16&v=wTjVPBkvpyc

 

paisfilhos.jpg

 

Como recuperar as notas? - Sucesso Escolar

Diálogo entre mim e um/a estudante de ensino básico:

«Estudante: _Valeram a pena as explicações!

Eu:_ Já recebeste a nota do teste?

Estudante: _Sim, tirei Bom.

Eu: _ Parabéns! Subiste a nota!»

 

Como as causas deste insucesso escolar são variadas, antes de iniciar uma ação é necessário um diagnóstico mais aproximado possível destas, e sempre que necessário procurar profissionais que apoiem tal diagnóstico. Procurar estas causas não deve ser culpar um ator educativo (pais, estudante, ou professores), muito menos assumir isto como um ataque pessoal.

O objetivo principal deve ser procurar as melhores medidas para sucesso escolar e que poderão passar por:

  • Procurar apoio psicológico;
  • Procurar apoio pedagógico na, ou fora, da escola;
  • Reavivar os sentidos da escola ao estudante;
  • Orientar vocacionalmente o estudante;
  • Redefinir métodos e horários de estudo;
  • Estabelecer diálogos entre todos os intervenientes educativos;
  • Mudar de turma ou de escola, se necessário…

 

Na procura destas melhores medidas, há que ter sempre em atenção a individualidade e especificidade de cada estudante, cada um necessitará de uma, ou mais medidas, adaptadas à sua personalidade, dificuldades, objetivos e motivações de estudo.

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Muitas negativas?! – (In)sucesso Escolar

Por vezes os estudantes apresentam várias notas negativas, a três, quatro ou mais disciplinas, deixando família e professores angustiados e em procura incessante das causas para tal situação.

Não posso, aqui, referir este número infinito, poderei apenas acenar algumas das causas do insucesso escolar:

 

  • Desinteresse permanente pelo ensino/aprendizagem;
  • Não compreensão do sentido da escola;
  • Indisciplina e não aceitação das metodologias escolares;
  • Atrasos no desenvolvimento cognitivo;
  • Instabilidade em idades como a adolescência;
  • Problemas pessoais, familiares ou sociais;
  • Situações relativas à saúde, temporal ou permanente;
  • Origem social.

 

Em termos gerais, estas e outras causas trazem algumas consequências nucleares:

  • Abandono escolar, muitas vezes antes do final do ensino obrigatório (atualmente 12ºano);
  • Sucessivas reprovações devido às negativas em várias disciplinas;
  • O desinteresse pelo ensino superior.

 

Neste sentido, a procura de respostas ao insucesso escolar torna-se urgente e deve envolver toda a comunidade educativa, num trabalho contínuo e de interesse constante… No próximo post deixarei algumas propostas de ação…

insucesso.png

 

A responsabilidade das boas & más notas…

Muitas vezes damos por nós a encontrar causas e responsabilidades pelas más notas dos estudantes, quase desresponsabilizando-o de tal situação, eles tentam também fazer esse processo como mecanismo de defesa. Se, por outro lado os resultados forem razoáveis ou bons o mérito é dele, pois foi ele que se aplicou e resolveu bem as fichas de avaliação e os ‘Trabalhos’.

Pois bem, na minha opinião o mérito e a responsabilidade é sempre do estudante e tal responsabilização deverá ser-lhe incutida desde o 1º ano escolar, de forma a facultar-lhe oportunidade de construir um trabalho autónomo de estudo e de gestão do próprio tempo.

Sobre este tema poderemos reler a legislação dos Direitos e Deveres dos Estudantes onde se apresenta como dever «Estudar, aplicando -se, de forma adequada à sua idade, necessidades educativas e ao ano de escolaridade que frequenta, na sua educação e formação integral;» (Artigo 10: Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 5 de setembro de 2012). Legislação, esta, que proponho ser lida por todos os estudantes, em qualquer momento do seu percurso escolar.

Neste sentido, afirmo ainda que, mesmo para os estudantes que precisem de apoio ao estudo, tal como indica a palavra, será apenas um ‘Apoio’, no qual ele deve também opinar, definindo as horas de apoio, escolhendo a matéria a estudar e colocando as dúvidas a esclarecer, portanto, o estudante deve ser felicitado pelos bons resultados conquistados e responsabilizado pelos maus resultados obtidos, sentindo-se responsável pelo seu trabalho.   

 

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