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Educar (Com)Vida

Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.

Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.

O Autismo: características que podem alertar!

«As pessoas confundem-me. (…) A primeira razão principal é que as pessoas falam muito sem usarem quaisquer palavras(…).

Não falei com ninguém e, durante toda a tarde fiquei sentado no canto da Biblioteca….» (Citação do Livro de Mark Haddon: O estranho Caso do Cão Morto, 2003).

 

Como já referi, quando mais precocemente for detetado, mais rapidamente se pode intervir para minorar os seus efeitos na criança que cresce. Por tal razão, os pais e educadores que detetem algumas características específicas ou comportamentos estranhos devem procurar um diagnóstico específico, realizado por um profissional da Pedopsiquiatria, que esclarecerá dúvidas e oferecerá as melhores orientações.

Como um apoio inicial, deixo aqui alguns sinais que podem ser características de uma criança com Autismo:

  • Resistência a falar e a aprender a mesma;
  • Não mantem o contacto ocular (não olha nos olhos);
  • Não responde quando o chamam;
  • Ausência de medos ou dor;
  • Dificuldade de relacionar-se com os outros;
  • Não aceita mimos ou carinhos,
  • Procura constante de isolamento;
  • Repetição das mesmas atitudes e brincadeiras;
  • Olha permanente na mesma direção;
  • Leva o braço de alguém para pegar o objeto que deseja;
  • Dificuldade de entender gestos e expressões faciais;
  • Atitudes de choro ou riso descontextualizado;

 

Alguns destes comportamentos podem ser observados em crianças antes dos 3 anos, devendo iniciar-se uma terapia adequada mesmo nessa idade e muito embora o autismo ainda deixe muitas questões à ciência, já se assumem grandes êxitos nas terapias conhecidas.

Imagem relacionada(imagem retirada da internet)

Síndrome de Asperger

Alguns pais conhecem já o conceito de Autismo, no entanto, quando de fala sobre Síndrome de Asperger, nem todas as pessoas conseguem perceber as especificidades desta perturbação.

Assim, de forma ligeira explicarei em que consiste o Asperger, para poder retirar algumas dúvidas iniciais, sendo que, um profissional qualificado poderá realizar uma explicação mais pormenorizada e centrada em cada caso específico.

O Síndrome de Asperger é identificado como uma perturbação neurocomportamental que poderá ter um conjunto de fatores neurobiológicos que afetam o desenvolvimento cerebral. Este Síndrome presenta-se com algumas proximidades ao Autismo, no sentido em que influencia as interações sociais, o nível comunicacional e também o comportamento.

 

Os primeiro sinais de alerta poderão surgir, de forma mais clara, a partir dos 3 anos e podem ser reconhecidos em algumas situações, tais como: «dificuldades em estabelecer contacto ocular; interpretação literal da linguagem; sentido de humor apurado; dificuldades em entender e expressar emoções; falta de coordenação motora; ilhas de talento em áreas de interesse específico, entre outros.» (in: Prevenir:2016). Mais características deste Síndrome na imagem, em anexo.

O diagnóstico precoce será uma mais valia para um futuro tratamento e baseia-se na avaliação de um conjunto de critérios comportamentais definidos pelos profissionais especializados.

asperger sintomas.jpg

 

 

Para quem desejar saber mais sobre este assunto poderá visitar a página: www.apsa.org.pt/

Sobredotados: Tenha em atenção!

Ser sobredotado significa ter características específicas, contudo, algumas atitudes ou situações podem ser identificadas como alertas para pais e educadores, para assim solicitarem um posterior diagnóstico. Neste sentido, aqui ficam algumas características que poderão ajudar como um alerta primário:

  1. Dorme pouco;
  2.  Precoce na fala
  3. Aprende a ler rapidamente;
  4. Utiliza vocabulário muito elevado para a sua faixa etária;
  5. Aprende o alfabeto e o contar pelos 2 anos;
  6. Realiza perguntas muito exploratórias e coerentes;
  7. Muita criatividade;
  8. Apresenta grande sensibilidade para com os outros;
  9. Questiona sobre moral e justiça;
  10. Extremamente observador;
  11. Espírito crítico elevado;
  12. Elevada capacidade de atenção e concentração;
  13. Vontade de se relacionar com crianças de maior idade;
  14. Baixa auto-estima;
  15. Pouco motivação durante as aulas;
  16. Interesse pela construção de objetos;
  17. Sentem-se por vezes incompreendidos;

sobredotado_neuropsicologica.jpg

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Estudantes Sobredotados: O diagnóstico...

Como já referi no Post anterior, um estudante Sobredotado deve ser interpretado com alguém com características específicas, diferenciadas e que carece de um apoio escolar diferenciado e assumido na Lei. Desta forma, se surgirem razões para tal, o diagnóstico deve ser solicitado e efetuado, sinalizando-se e definindo-se a orientação necessária, junto de pais e educadores, para a progressão correta da Educação/Aprendizagem.

O diagnóstico deve ser realizado inicialmente por um profissional da área da Psicologia, através da realização de vários testes, dependendo das especificidades, o diagnóstico pode ser continuado através de uma equipa multidisciplinar, composta por um docente especializado, um psicólogo e um técnico de uma área específica de talento.

Contudo, educadores/pais/professores que precisem de um apoio e/ou orientação mais concreta, podem recorrer à Associação Portuguesa das Crianças Sobredotadas(APCS) http://www.apcs.co.pt/.

A importância do real diagnóstico prende-se com o facto de que, por vezes, estes estudantes são olhados como hiperativos, ou com outras perturbações que o condicionam e podem afetar ações direcionadas.

ninos-superdotados.jpg

 

DISLEXIA - é importante sinalizar:

A dislexia deixa alguns sinais de alerta nos estudantes de tenra idade, contudo, estes podem ser fonte de inquietação para os educadores, em qualquer idade ou nível escolar.

No 1º ano podemos perceber alguns destes sinais de alerta:

  • Dificuldade em associar letras a sons;
  • Dificuldade em ler monossílabos ou soletrar palavras simples;
  • Recusa de concretizar tarefas de leitura;
  • Lentidão e necessidade de apoio na realização dos trabalhos escolares;
  • Histórico familiar de dislexia.

 

Sinais de alerta, nos anos escolares seguintes:

  • Necessidade de soletrar palavras novas, ou com fonemas e sílabas semelhantes;
  • Na leitura, omissão de sílabas ou palavras, ex: biblioteca/ bioteca;
  • Maior facilidade em ler em contexto do que ler palavras soltas;
  • Dificuldade em ler e interpretar problemas matemáticos;
  • Dificuldade em terminar fichas de avaliação no tempo previsto;
  • Erros ortográficos frequentes;
  • Caligrafia imperfeita;
  • Escrita em espelho;
  • Evita ler e escrever.

 

Se revemos alguns destes sinais de alerta, ou outros, que nos inquietem para a possibilidade do estudante estar perante a dislexia, torna-se necessário concretizar um diagnóstico que despiste tal situação. Este diagnóstico é produzido com base na história familiar e clínica, em testes psicométricos, em testes de consciência fonológica, de linguagem, de leitura e da ortografia, e deve ser concretizado por profissionais especializados.

dislexia-exemplo.jpg

 

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