Mudar de letra: criatividade e dedicação
Diálogo entre mim e um/a estudante de 2º ciclo:
«Eu: _ No início do ano demoravas muito tempo a escrever porque querias mudar a letra… agora (fim do ano letivo) estás a escrever muito mais rápido!
Estudante: _Pois é, eu quando mudei de escola recebi um postal de um/a colega com uma letra que eu gostei muito e quis fazer igual…. Fui tentando, tentando… e comecei a desenhar letras novas…mas ainda queria mudar algumas…
Eu:_ Mas agora escreves muito mais rápido!
Estudante: Habituei-me!»
Quando as crianças entram no 1º ciclo e começam a aprendizagem da escrita, professores e pais ficam atentos e preocupados com a beleza das letras e a sua legibilidade, já que esta é uma característica muito própria de cada pessoa e irá acompanhá-la para toda a vida.
No entanto, o desenho é algo que se aperfeiçoa com o tempo e empenho, basta existir vontade e trabalho. Neste sentido, muitas crianças, em determinado momento do seu percurso escolar decidem alterar a sua letra, deixar para trás a forma como aprendeu na escola primária e passar a escrever com nova datilografia, (o que muitos chamam de ‘escrita à máquina’). Esta atitude é tomada, principalmente, por crianças que frequentam entre o 5º e o 7ºano… pela minha experiência, assumo que esta atitude deve ser seguida e incentivada pelos educadores pois, para além de mostrar dedicação dos estudantes, na quase totalidade dos casos, a letra torna-se mais legível, bonita e com o treino, mais rápida e fluída.